Cobra do Milho

Pantherophis guttatus

Distribuição Geográfica: são endémicas dos Estados Unidos da América, mas mais abundantes na Flórida e a sudeste dos EUA.

Habitat: preferem habitats húmidos, margens de campos com arbustos e florestas caducas. Até aos 4 meses andam mais no solo, a partir daí podem subir às árvores ou outras superfícies elevadas. Em regiões mais frias, tendem a abrigar-se em fendas de pedras e troncos caídos.

Alimentação: são carnívoras e alimentam-se principalmente de pequenas aves e pequenos mamíferos (roedores). Não se alimentam todos os dias. São constritoras, pelo que se enrolam em volta da presa, impedindo o fluxo sanguíneo, e, portanto, a chegada de oxigénio aos órgãos vitais.

Reprodução: reproduzem-se, em estado selvagem, de Março a Maio. São ovíparas, fazendo posturas de 10-30 ovos desde o final de Maio a Junho. Depositam os ovos no meio de vegetação em decomposição, para que tenha calor (por volta dos 28º C) e humidade suficientes para a incubação (entre 60-65 dias). Os ovos acabam por eclodir entre de Julho-Setembro. Quando nascem têm entre 25-28 cm de comprimento e atingem a maturidade por volta dos 18-36 meses.

Comportamento: esta espécie é principalmente noturna, altura em que caçam. No Inverno são menos ativas, caçam menos e podem acabar mesmo por hibernar em estado selvagem.

Estatuto de conservação:: Pouco preocupante (LC)

Curiosidades: O seu nome deriva do facto de serem muitas vezes encontradas, enquanto predam, em campos agrícolas, tais como campos de milho.
As cobras do milho ajudam a controlar as populações de roedores que podem ser pragas ou até transmissores de doenças.
É também uma das espécies de cobras mais populares como animal de estimação. Além de que, em cativeiro, foram bastante selecionadas artificialmente de forma a obter uma grande variedade de mutações de cor.
As tribos Okeetee, diziam que estas cobras eram espíritos que nasciam do milho, devido ao facto de as suas cores se assemelharem à cor do milho.

Fatores de ameaça: São muitas vezes mortas por serem confundidas com uma outra cobra, a Víbora cabeça de cobre (Agkistrodon contortrix), que é venenosa. Muitas vezes também são capturadas para o comércio ilegal de animais exóticos, embora a maioria das que existem como animais de estimação já sejam criadas em cativeiro e, portanto, esta ameaça em estado selvagem já começa a ser cada vez menor. Não são uma espécie em extinção, no entanto, na Flórida, enfrentam cada vez mais problemas de destruição de habitat (em especial nas Florida Keys).

Classificação

Nome científico: Pantherophis guttatus

Classe: Reptilia

Ordem: Squamata

Família: Colubridae

Dimensões: 61 – 182 cm

Peso: 90 gr

Longevidade: 23 anos

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