Distribuição Geográfica: esta espécie é nativa do sudeste Asiático, do oeste de Bangladesh ao sudeste do Vietnam e nas ilhas a oeste da Nova Guiné.
Habitat: habitam predominantemente em florestas tropicais, pântanos e florestas de pastagens, em altitudes de 1200-2500 m. Vivem em zonas próximas de água (rios, riachos e lagos), para se protegerem, mas também para terem sucesso na predação.
Alimentação: têm uma dieta carnívora, pelo que se alimentam de aves, mamíferos e, por vezes, também de alguns répteis. Enquanto juvenis as suas presas são de menor tamanho (pequenos roedores e aves), acima dos 4 m de comprimento já se começam a alimentar de presas de médio ou grande porte (como primatas). Matam a presa através de constrição, ou seja, apertam-na, de forma a interromper o fluxo sanguíneo, o que acaba por impedir a chegada de oxigênio aos órgãos vitais, o que leva a uma morte rápida. Conseguem detetar o calor radiante dos outros seres e desta forma conseguem detetar a localização da presa, mas também de predadores, sem que seja sequer vista. Alimentam-se com intervalos de 7-10 dias, mas podem chegar a ficar até cerca de 4 meses sem se alimentarem.
Reprodução: São ovíparas. Em estado selvagem, a época de reprodução inicia-se entre Fevereiro a Março. Dependem do aumento de temperatura e climas mais quentes para que se reproduzam, mas também da disponibilidade de presas. Se a quantidade de alimento for abundante podem reproduzir-se todos os anos, caso contrário têm posturas menores e menos frequentes (a cada 2 ou 3 anos). A fêmea deposita entre 25 a 50 ovos (mas há registos de até 107 ovos), que têm um período de incubação de cerca de 85 dias. Para protegerem os ovos e fornecer calor para a incubação (entre 24-34ºC), as progenitoras permanecem no ninho, enroladas por cima dos ovos. Mal nascem, com cerca de 0,15g, os juvenis são completamente independentes. Atingem a maturidade sexual quando atingem cerca de 2,5 m os machos e 3m as fêmeas, o que equivale a idades entre os 3-5 anos para ambos os sexos.
Comportamento: é uma espécie arborícola e territorial, que pode ser encontrada em cursos de água ou perto deles, o que lhes permite ter uma melhor movimentação, devido ao seu tamanho e peso. À semelhança das outras espécies de répteis, fazem mudas de pele, para reparar ferimentos ou durante as fases de crescimento.
Estatuto de Conservação: Não Avaliado; pertence ao Apêndice II da CITES.
Curiosidades: Esta espécie já ganhou um recorde de comprimento no “Guinness Book of World Records”, com um exemplar de 11 m de comprimento.
Não só são extremamente importantes para manter o equilíbrio dos ecossistemas, como também favorecem a agricultura, uma vez que ajudam a reduzir e controlar as populações de roedores (que podem tornar-se pragas), impedindo a sua interação com plantações e mesmo a propagação de doenças.
Segundo algumas fontes, embora não seja comum, a partenogénese (reprodução sem macho) já foi documentada em pítons em cativeiro. Nesta situação a fêmea irá fertilizar um óvulo dentro de si, criando descendentes de DNA idêntico. Esta é uma adaptação para que se consigam reproduzir em condições extremas em que não tenham machos presentes, garantindo a continuidade da espécie.
Fatores de ameaça: devido ao seu grande tamanho são caçadas a capturadas para comércio de pele principalmente, mas também pela sua carne e, cada vez mais, para tráfico e comércio ilegal de espécies exóticas, o que pode vir a trazer problemas para a sobrevivência da espécie no futuro. No entanto, não têm muitos predadores naturais, só mesmo crocodilos ou leões, e elas próprias podem atacar esses predadores (especialmente os crocodilos).
Nome científico: Malayopython reticulatus
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Pythonidae
Dimensões: 5 m (média) – 11 m (máximo)
Peso: 170 kg (média) – 270 (máximo)
Longevidade em estado selvagem: 20 anos (média) – 23 anos (máximo)
Longevidade em cativeiro: 23 (média) – 32 (máximo)