Distribuição Geográfica: ocorrem por toda a América Central e Sul, desde Sinaloa e Veracruz, México, ao sul do Trópico de Capricórnio no Paraguai e sudeste do Brasil. Também habita em muitas ilhas das Caraíbas e da costa leste do Pacífico. Também acabaram por ser introduzidas pelo Homem no sul da Flórida e no Havaí.
Habitat: Florestas tropicais húmidas, na proximidade de água. São uma espécie arborícola.
Alimentação: são principalmente herbívoras. Requerem grandes quantidades de proteína nos primeiros 2-3 anos de idade, para que tenham um bom crescimento, por isso, os juvenis alimentam-se de invertebrados (artrópodes, insetos), enquanto os adultos são herbívoros. Plantas com folhas verdes ou frutas maduras são os seus alimentos favoritos. Usam a língua para manipular pequenos pedaços de alimento que engolem com pouca ou nenhuma mastigação.
Sendo ectotérmicas, a sua temperatura corporal depende da temperatura ambiente. Portanto, alimentam-se melhor a temperaturas entre 25-35ºC, enquanto que, a temperaturas mais baixas tendem a reduzir o apetite. Também podem perder o apetite na altura de muda da pele e, no caso das fêmeas, nos últimos dias de desenvolvimento.
Reprodução: atingem a maturidade sexual entre os 3-4 anos de idade. São ovíparas e as fêmeas depositam os ovos em ninhos (comunitários ou individuais) que fazem no solo a cerca de 45-100 cm de profundidade. Em estado selvagem, a época de reprodução é durante a estação seca, desta forma os ovos vão eclodir na estação das chuvas, época em que há mais disponibilidade de alimento. As posturas ocorrem cerca de 65 dias após o acasalamento e podem depositar entre 10-30 ovos durante 3 dias. O período de incubação ocorre entre 90-120 dias. As crias saem do ovo através de um dente, carúncula, que acaba por cair logo após a eclosão. Mal nascem, são completamente independentes.
Comportamento: São lagartos arborícolas que tendem a viver nas copas das árvores, sendo que estabelecem posições hierárquicas na árvore, tomando as copas mais baixas os mais juvenis e as copas mais altas os mais velhos. Habitarem em árvores permite que se aqueçam ao sol. Só descem para fazer os ninhos. Embora prefiram zonas florestais, também se adaptam a zonas mais abertas. Onde quer que habitem, gostam de ter água por perto, sendo que são excelentes nadadores e mergulhadores, especialmente quando precisam de fugir de predadores.
Os machos são bastante territoriais durante a época de reprodução, exibem vários movimentos de cabeça, extensão da barbela e mudanças de cor. Mesmo as fêmeas, nos locais de nidificação também podem ser territoriais e agressivas. Podem fazer migrações de grandes distâncias, especialmente as fêmeas, que todos os anos migram para o mesmo local de nidificação. Quando ameaçados tendem a fugir e esconder-se, mas quando encurralados defendem-se com movimentos de rotação ou de chicotadas com a cauda. Tal como outros lagartos, podem perder parte da cauda para poderem fugir de um predador, e mais tarde esta voltará a crescer.
Estatuto de Conservação: Não Avaliado. Pertence ao apêndice II da CITES.
Curiosidades: Como os répteis são mais sensíveis às mudanças ambientais do que os humanos, alguns répteis, como o caso das Iguanas, podem ser indicadores de possíveis problemas ambientais antes de nós, humanos, os conseguirmos detetar.
Fatores de ameaça: embora algumas populações tenham sofrido com destruição de habitat, e principalmente com a caça furtiva para consumo humano e para comércio ilegal de animais exóticos, as Iguanas Verdes não são consideradas em risco de conservação neste momento.
